17 de setembro de 2009

14 de agosto de 2009

Todas as capas da colecção Verbo Clássicos
são concebidas e realizadas por
MAGDA MACIEIRA COELHO
(Editorial Verbo/Departamento Gráfico)

Foto enviada de Tavira

13 de agosto de 2009

14 de julho de 2009












ANTOLOGIA POÉTICA
FERNANDO PESSOA

Selecção e apresentação de Isabel Pascoal

FERNANDO PESSOA
Poeta português (1888-1935), o mais universal e multifacetado dos poetas portugueses do século XX e referência obrigatória da poesia moderna.

ORPHEU E O MODERNISMO
Iniciador do movimento modernista em Portugal, com Mário de Sá­Carneiro, Santa-Rita Pintor, Amadeo de Souza Cardoso, Almada Negreiros, José Pacheco e outros poetas e artistas, sobretudo a partir da fundação, em 1915, da revista Orpheu, marcada pela inovação e arrojo estético-literário.

OS HETERÓNIMOS
Um sentimento de dispersão interior e de incompletude fizeram surgir aquilo que Pessoa descreveu como um «drama em gente» – o aparecimento de personalidades poéticas diferenciadas, os heterónimos, ao lado de «Pessoa ele mesmo». Surgiram, assim, Alberto Caeiro, mestre autodidacta de visão ingénua e sensorial das coisas; Álvaro de Campos, cantor da fúria e da vertigem da civilização mecânica; Ricardo Reis, filósofo epicurista de raiz clássica, Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego (e muito outros heterónimos, semi-heterónimos e pseudónimos de menor importância poética), entre os quais se estabelece uma fina dialéctica de unidade e diversidade.

MENSAGEM
O único livro de poesia em português que Fernando Pessoa publicou em vida (1934) constitui uma interpretação cifrada de Portugal, em que se cruzam marcos da identidade nacional, uma visão da história, uma ideia do sebastianismo e elementos de natureza esotérica.












POESIA E PROSA MEDIEVAIS
Introdução de Maria Ema Tarracha Ferreira


IDADE MÉDIA
A Idade Média foi o período de formação da identidade territorial, política e linguística de Portugal. Se a fixação de limites e fronteiras constituiu uma dimensão fundamental desta formação, os primeiros documentos e registos escritos foram igualmente importantes para a fixação de uma tradição e de uma memória colectivas, correspondendo igualmente a um processo de fixação da expressão linguística desta nova identidade.

GALEGO-PORTUGUÊS
As fronteiras linguísticas nem sempre correspondem, porém, às estritas fronteiras territoriais. Assim, estes primeiros documentos foram escritos em galego-português, língua românica formada no contacto do latim vulgar dos romanos com as línguas autóctones de regiões contíguas de Portugal e da Galiza, usada por cronistas e trovadores, e que constitui o património linguístico a partir do qual se formou a nossa actual língua.

POESIA E PROSA MEDIEVAIS
«Cantigas de amor, cantigas de amigo, cantigas de escárnio e de maldizer, memórias linhagísticas, cantos épicos, narrativas de fundo mítico, livros de linhagens ou crónicas, a preservação do conjunto destes textos somente foi possível graças a um novo relacionamento com a escrita instaurado pela prática trovadoresca. E foi este relacionamento, associado à condição nobre do trovador e à sua proximidade dos círculos do poder, o principal responsável pelo estatuto literário adquirido pelo galego-português no século XIII.»
António Resende de Oliveira em Biblos-Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa

13 de julho de 2009

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6 de julho de 2009

27 de junho de 2009

22 de junho de 2009












16 de junho de 2009

Verbo Clássicos nas «Escolhas de Marcelo»














Emissão (RTP1) de 14 de Junho de 2009 (minuto 21:24)
Veja e ouça o programa aqui.

29 de maio de 2009












FARPAS ESCOLHIDAS
Ramalho Ortigão


RAMALHO ORTIGÃO
Escritor, crítico e ensaísta (1836 - 1915) e uma das mais relevantes figuras da Geração de 70 e do realismo português. Colaborador dos principais jornais de Lisboa, manteve com Eça de Queirós uma amizade de juventude que se prolongou por décadas e da qual resultou a escrita em colaboração de O Mistério da Estrada de Sintra.

O ESTILO E A OBRA
As obras de impressões de viagem deram-lhe lugar de relevo nas letras portuguesas do tempo. O estilo de Ramalho, sendo claro e corrente, é notável pelo poder de descrição sensorial. Entre os títulos mais relevantes da sua obra, citam-se: Em Paris (1868), Banhos de Caldas e Águas Minerais (1875), As Praias de Portugal (1876), Notas de Viagem (1878), Pela Terra Alheia, Notas de Viagem (1878-1910), A Holanda (1885).

AS FARPAS
Em conjunto com Eça, Ramalho Ortigão iniciou, em 1871, a publicação de As Farpas, crónicas que analisavam crítica e implacavelmente a vida portuguesa do tempo, obedecendo embora a um empenhamento sério de valorização das coisas portuguesas e de esclarecimento da opinião e do gosto. A sua publicação, em 4 séries, terminou em 1882, mas a sua autoria a partir de 1872 pertenceu exclusivamente a Ramalho.

28 de maio de 2009












OS FILHOS DE D. JOÃO I
Oliveira Martins



OLIVEIRA MARTINS
Historiador, sociólogo, economista e jornalista (1845 - 1894). Fez parte do Cenáculo, com Eça de Queirós, Junqueiro. José Fontana e Antero de Quental, com quem fundou o jornal A República. Pertenceu ao grupo «Os Vencidos da Vida»..

ECONOMISTA E POLÍTICO
Autor de Portugal e o Socialismo (1873) e Política e Economia Nacional (1885), foi amigo de D. Luís I e deputado pelo Partido Progressista (Viana do Castelo e Porto). No reinado de D. Carlos, dirigiu a Administração-Geral dos Tabacos, tomando medidas sociais inéditas. Ocupou depois a Pasta da Fazenda, fazendo aprovar novas pautas aduaneiras. Autor da proposta de lei de salvação pública (1892).

HISTORIADOR E SOCIÓLOGO
Dirigiu uma Biblioteca das Ciências Sociais destinada ao público em geral e ao ensino: História da Civilização Ibérica e História de Portugal (1879), O Brasil e as Colónias Portuguesas (1880), Elementos de Antropologia e O Portugal Contemporâneo (1881), As Raças Humanas e a Civilização Primitiva (1882), Sistema dos Mitos Religiosos (1883), História da República Romana (1885).

BIÓGRAFO: «UM CARÁCTER BEM ESTUDADO VALE POR UM MUNDO VISTO»
Narrador poderoso e literariamente dotado, as suas obras exibem essa sua característica, que assimila às suas próprias convicções historiográficas. Autor juvenil de várias peças de intenção social, como biógrafo, deve-se-lhe a admirável trilogia, incompleta, constituída por Os Filhos de D. João I (1891), Vida de Nun’Álvares (1893) e O Príncipe Perfeito (1896).












CASTRO E POEMAS LUSITANOS
António Ferreira



ANTÓNIO FERREIRA
Poeta e dramaturgo, António Ferreira (1528 - 1569) foi bacharel e doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra, tendo sido desembargador da Casa do Cível em Lisboa, onde morreu de peste.

RENASCIMENTO
António Ferreira foi, com Sá de Miranda, um dos introdutores e teorizadores do Renascimento português, tendo cultivado diferentes géneros clássicos.

CASTRO
A tragédia Castro, além de constituir uma peça essencial na construção mítica da figura de Inês de Castro, é considerada a mais perfeita tragédia peninsular do Renascimento. Nela se salienta o facto de nela o Autor ter usado o verso branco. O diálogo é poderoso e convincente. A tragédia, que segue as convenções horacianas, próprias da época, desenha-se num ritmo solene, que lhe confere uma tonalidade simultaneamente sóbria e majestosa.

POEMAS LUSITANOS
António Ferreira repudiou o bilinguismo literário que então se praticava, constituindo-se acérrimo defensor da Língua Portuguesa, que cultivou com esmero nas odes e cartas em verso, que o seu filho haveria de reunir nos Poemas Lusitanos, e onde encontramos a defesa do ideal horaciano de uma «mediania dourada» (aurea medocritas) que permitisse resistir às inconstâncias e desfavores do Destino.

13 de maio de 2009

Antologia da Poesia Lírica de Camões



















POESIA LÍRICA
Luís de Camões


CAMÕES
Luís de Camões (1525? - 1580), o celebrado autor do grande poema épico nacional, é também, curiosamente, a figura tutelar da nossa poesia lírica.

CAMÕES LÍRICO
Na lírica, cultivou os géneros clássicos ou italianos (sonetos, canções, odes, elegias, oitavas e éclogas) e os géneros tradicionais, em redondilha (vilancete, cantiga, trova, endecha).

ESSÊNCIA DA POESIA DE CAMÕES
Se nas redondilhas se evidenciam a frescura e espontaneidade, nelas se pode observar também a angústia da vivência dos paradoxos e a amargura com os «desconcertos do Mundo», fundidas no conflito dramático do poeta com o destino, que é o grande tema de toda a poesia camoniana.

POETA UNIVERSAL
Na poesia lírica de Camões cruzam-se a biografia, para nós ainda relativamente incerta, mas que traduz uma vasta e diversificada experiência, e a cultura e erudição, que indubitavelmente possuía. Foi, portanto, um homem do seu tempo. Porém, daquele cruzamento, formidavelmente expresso, resultou uma poesia sem tempo, uma poesia universal, que, atingindo a essência do humano, diz respeito a todos, homens e mulheres, de qualquer tempo e lugar.

CLÁSSICO E MODERNO
Depois de Camões, toda a poesia portuguesa, antiga ou moderna, inevitavelmente o tem como referência. É pois um verdadeiro clássico, cuja leitura ninguém pode pretender dispensar.

Arquivo